segunda-feira, 10 de março de 2008

Felicidade

Porquê complicar tanto?
Enquanto se complica para depois se descomplicar e novamente voltar a complicar, vamos perdendo parte integrante da nossa vida, deixando fluir o tempo que corre de nós a sete pés.
Não há relógio que pare só porque nós precisamos de ir mais lentamente...
Que se vá, lentamente, mas que se vá. Que nunca se fique à espera de querer acelerar o tempo, na ânsia vã de se ver resoluções imediatas para os obstáculos que nos assolam os pensamentos.
A vida é muito mais que desilusões ou alegrias. A vida é muito mais que o Eu ou o Tu, ou o Nós, ou os Outros.
A vida é isso mesmo: VIDA.


A felicidade não será então o entendimento momentâneo que se faz das emoções ou sensações. A felicidade está em ver, analisar, aceitar, lutar, viver, sentir a própria vida tal como ela se nos apresenta.
Hoje, o dia amanheceu cinzento, mas por cima desta nebulosidade toda continua a brilhar o Sol, a mesma estrela dos dias de céu azul.
Ainda que não se queira mostrar para nós, ele está lá. Assim é a vida... embora pareça estagnar, ela flui e não se importa muito se nós estamos ou não na disposição de a acompanhar.

Olho para trás e assusto-me com o tempo que deixei correr e não me esforcei para o sentir... assusta ainda mais se vejo, também, que alturas houve em que eu corri muito à frente do próprio tempo e o tempo não me venceu.
Assusta sim. Assusta ver o tempo perdido à procura da felicidade quando eu já me sabia ser feliz.
Hoje até este céu cinzento me faz bem à alma! Fez-me pensar...
Não irradio felicidade, irradio apenas a calma necessária para a sentir na minha vida, no ontem e no hoje e essa calma dá-me confiança para continuar a querer correr ao lado do amanhã.
Hoje, debaixo de um enorme aguaceiro, o meu SER, pura e simplesmente acordou novamente para a vida e saiu, assim, a correr à chuva com um enorme sorriso estampado na alma!



Muitas vezes procuramos a Felicidade como quando procuramos os óculos (...) quando estão sobre o nariz!
G. Drof

(imagem: net)